quarta-feira, 3 de setembro de 2014

DIÁRIO DO ANDRÉ - DE 20 DE JUNHO A 02 DE SETEMBRO DE 2014

Deste período todo, desde a retirada gradativa do Risperdal, a semana do dia 11 até dia 26 de agosto foi a mais difícil. Com duas semanas sem nada de Risperdal os efeitos foram tão terríveis quanto imaginamos que seria. Ele ficou muito mais agitado e agressivo. Na escola, não conseguiu produzir nada, não parava mais quieto e se recusava a fazer as lições. Sexta feira - dia 15 de agosto, fui chamada pela coordenação para conversar. Se continuasse assim, creio que ele teria sido expulso da escola, pois até sua coordenação motora ficou afetada. Não fazia as lições, estava hiperativo, não obedecia mais as regras e ainda por cima estava xingando o dobro quando contrariado. Cheguei a ser chamada para buscá-lo mais cedo um dia, pois ele se excedeu totalmente nas rebeldias. Conseguiu brigar até com a Roseli, que é sua professora na sala de recursos. Em casa também não foi fácil, toda hora tínhamos que chamar sua atenção por falar palavrão ou agredir alguém, as brigas com o Léo estavam cada vez mais violentas...andava sem paciência até com o computador,(coitado do meu notebook, nunca apanhou tanto...) os jogos já não o prendiam mais, não queria nem desenhar...seu apetite também diminuiu muito, não comia quase nada, a não ser suas bolachas e doces e olhe lá...nem seu miojo queria mais. Sua fixação por carros ficou ainda mais aguçada, sua atenção ficou prejudicada, assim como sua impulsividade. Por mais que eu sempre desejasse que ele não tomasse mais nenhuma medicação, percebi que estava fazendo muita falta pra ele. Seu corpo e seu psico estavam sentindo falta da medicação...Conversei com a neuro, depois de adiar o máximo que deu, pois não queria parecer desesperada á toa. Até ela percebeu que é complicado tirar toda medicação dele agora, concordou que ainda não é a hora, que ele tem que amadurecer mais, pois ele ainda não consegue controlar seus impulsos sozinho. Ela receitou um novo medicamento, chamado Clopixol 10mg, e recomendou que antes de iniciarmos o tratamento, que começássemos a retirar também o tofranil, pois só ele é para conseguir controlar sozinho a hiperatividade, e ajudá-lo na concentração. Confesso que fiquei um tanto apreensiva, pois nos últimos dias estava difícil até sair com ele, porque não se controlava, corria desembestado, batendo em quem estivesse em seu caminho, fugindo de mim, sem aceitar nem dar a mão para atravessar a rua, ignorando quando chamava. No carro, sempre tinha que ter alguém quando andava com ele, porque  ficava abrindo o vidro, tentava abrir a porta (tive que ativar a trava pra não abrir por dentro), brigando porque queria ouvir sempre as mesmas musicas e ninguém podia sequer cantar junto...Começou até a fazer xixi em qualquer lugar da casa em que estivesse, chegou a fazer na vasilha de água das cachorras... Iniciei a retirada do tofranil dia 26 de agosto, e graças a Deus, desta vez parece que está dando certo...Até agora, que ele está com a dose mínima de 2 comprimidos/dia, um de manhã, outro á noite...temo como vai ser quando zerar de vez...Já percebemos uma boa melhora na agressividade, está mais calmo, mais passivo, para mais quieto, distraído com seus joguinhos, brinquedos e vídeos, diminuiu bastante as agressões, tanto físicas quanto verbais. Até na escola, perceberam as melhoras. Amanhã, dia 03 de setembro, irei retirar mais um, a dose da noite...E na quinta, dia 04 iremos introduzir a nova medicação. Sinceramente, sem querer ser pessimista, já estou começando a rezar desde agora, pois cada vez que iniciamos uma medicação nova, é muito estressante...tanto pra ele quanto pra nós...
Com seu carro preferido - Paixão



Olha a alegria 



Carinho da madrinha







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