terça-feira, 13 de novembro de 2012

DIÁRIO DO ANDRÉ - DE 02 A 13 DE NOVEMBRO DE 2012

Ultimamente não ando tendo muita inspiração para escrever. O André continua evoluindo bem, tem dias que está bem, tem dia que está de mau humor. Ainda está muito exigente, não gosta de ser contrariado, é brigão e exigente. Também tem dias que chora ou grita muito e por qualquer motivo. Por outro lado, está cada vez mais ativo, falante, sabe o que quer e como conseguir. Hoje voltou mais cedo da escola, pois estava meio febril, mas em casa depois de medicado já deu uma reagida, ficou brincando com os irmãos e assistindo seus desenhos preferidos. Está de novo assistindo desenhos que já tinha abandonado, como o Carros e o Toy Story. Outro dia, perguntamos a ele o que ele gostaria de ganhar no natal, do papai noel. Ele disse que queria ganhar um kit de polícia e ladrão igual ao do Léo. Como o irmão quase sempre não deixa ele brincar, ele pediu um igual. Está cada vez mais inteirado nas brincadeiras com o Léo, está usando bastante a imaginação. Ainda gosta de brincar sozinho, mas prefere brincar com companhia. Quando o irmão está na escola, e ele está só em casa, ele pega os brinquedos no armário do irmão e fica um tempão brincando sozinho. E quando o Léo chega e briga, ele sai correndo. Na escola está muito bem, desenvolvendo bem as atividades, é um dos poucos que sabe ler. A questão é a compreensão do que lê, que ainda tem que ser bem trabalhada. Ano que vem, ele vai estudar lá de manhã e ficará só 1h e meia no CEMA, para fazer as terapias. Vamos ver se vai dar certo este esquema. Nos preocupamos um pouco, pois a professora do ano que vem será a Paty, que foi professora do Léo ano retrasado. Ela é muito competente e bem acessível, porém é bem rígida, não sabemos como vai lidar com o André. O lado bom é que a Joana, a monitora que sempre fica com ele na sala chega bem cedo, então vai ficar com ele o período inteiro. Também não sabemos como será a relação CEMA x ESCOLA, pois vai mudar de novo a direção da escola, e não sabemos quem vai administrá-la. Ou seja, o próximo ano ainda é uma incógnita muito grande...Mas, vamos deixar pra pensar quando chegar. Por enquanto, tenho que pensar na sinusite dele (que creio ser a causa da febre de hoje), pois ainda não sei ao certo se será a Dr.ª Soraia ou um otorrino quem vai tratar. Ainda estou tentando consulta. 

Esse texto retirei do blog SUPERANDO O AUTISMO -Achei bem interessante e resolvi partilhar aqui, pra compensar minha falta de inspiração desses dias...


MITOS E VERDADES

O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O Mito: Os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas tem variações de inteligência se comparados um ao outro. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.

O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação a sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraça-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós.

O Mito: Os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentir-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem as vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação, quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos.

O Mito: Eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tendem a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da mãe geladeira foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo.

O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.
A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.

O Mito: O certo é interná-lo, afinal numa instituição saberão como cuidá-lo.
A Verdade: Toda a criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa de mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte, uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O Mito: Ele grita, esperneia porque é mal educado.
A Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, as vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa (espero!!). Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança , isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. 

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